segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O homototalitarismo da PEC 122

Leitor, vamos refletir prudentemente duas coisas. A primeira: a nossa natureza, como pessoas, é de se unir entre sexos opostos ou sexos iguais? E a segunda: você gostaria que seu filho, aquele a quem você ama gratuitamente - e aqui independe a vontade do amor -, tivesse tendências para o homossexualismo? Pois é. Inicialmente quero dizer que não tenho nada contra as pessoas com tendências a se seduzirem por pessoas de mesmo sexo. Respeito, pois é um problema psicológico que cabe à pessoa, na sua liberdade, dizer se irá deixar levar este vício a um tratamento para ser curada ou admite de vez sua condição, esquece do mundo, da moral e se junta a milhões que lutam por uma nova forma de família e de amor, em face à natureza que nos criou. Afinal cada um tem o direito, na sua individualidade cega ao social, fazer a escolha moral que a consciência é capaz de suportar, mesmo que ela vá contra a sua própria natureza personalistica.

As corporações e grupos formados por homossexuais ganharam, com o passar dos anos, direitos, respeito e até tolerância na sociedade. Cada um de nós conhece um gay, pode ter um amigo gay e apenas somos indiferentes a respeito disso quando se torna inconveniente oferecermos um tratamento ou uma ajuda fraterna para que esta pessoa retome o seu senso moral e psíquico, e é assim que deve ser.

Mas quanto a este respeito, presumo que já seja o bastante não é? Claro que não! Pra que deixar assim se eles, homoativistas, podem agora mudar a cultura e o senso comum a seu favor? Não se mexe em time que está ganhando! Os homoativistas, numa atitude desonesta, utilizam-se da identidade com pessoas homossexuais e com tendências ao homossexualismo para forçá-los moralmente a modificar o senso comum, a família e promover o homototalitarismo, para que a sociedade não somente aceite, mas seja parte desta nova cultura, no argumento em que isso os faria parecer muito mais normais. Faria, mas não é.

Não estamos aqui defendendo as pessoas que atacam fisicamente homossexuais, como ocorreu recentemente, e vou mais além: aquele caso não é de homofobia, é de personofobia, é um desrespeito à pessoa humana. É um crime como qualquer outro e os envolvidos devem ser punidos, como assim prevê nosso Código Penal. Porém, baseados neste caso, alguns da mídia utilizaram as frases ocasionalmente ditas pelo deputado federal Jair Bolsonaro - em que ele sugere a "palmada" e a disciplina em face da criança que pode vir a ter tendências homossexuais como a solução para a tendência imoral - como a razão para estes atos de violência. Não somente é absurdo como é uma visível intenção de manipular a opinião pública para condenar aqueles que já respeitam os homossexuais, com a ressalva de que apenas não aceitam a nova cultura gay. Isso de forma pacífica, civilizada e sem hipocrisia.

Essa modificação cultural é o grande objetivo por trás da PEC 122/06, que orienta, entre outras coisas, o reconhecimento como crime a quem orienta uma pessoa a rejeitar moralmente práticas homossexuais. Ou seja, se você disser para o seu filho que o homem não é feito para transar com o homem e sim com a mulher, você estará automaticamente sendo considerado um homofóbico e também criando um, pois, segundo o relatório que analisou a lei, estará gerando no seu filho um transtorno psicológico que passará a não aceitar os homossexuais como parte da sociedade. Isso porque (pasmem!) a lei classifica homofobia como qualquer tipo de conduta "vexatória" de ordem moral, filosófica ou psicológica, sem necessariamente conceituar o que seria vexatório, mas, constituindo-se destes meios, certamente estamos tratando do ponto correto. É triste, mas parece que o pensamento totalitarista bateu a porta dos interesses dos homoativistas, e que estes estão mesmo dispostos a se transformarem em perseguidores, eles que um dia também já foram perseguidos.

Outra grande modificação pretendida por eles, é na família. Naquele momento que descrevi acima, em que a Rede TV relacionou o deputado federal Jair Bolsonaro aos atos de violência consumados contra homossexuais, este defendeu sua posição contra a adoção de crianças, defendendo que a família é formada, na sua base, só por pai, homem, e por mãe, mulher. Nada de novo. Porém, o que realmente surpreendeu foi a resposta do líder homoativista que estava no debate: "família a gente escolhe, é quem nos faz bem". Não, isso são amigos, não família. Família é quem nos cria, quem nos gera no amor ou nos adota no coração, e nos ensina os valores morais básicos, que não são, certamente, os da promiscuidade.

Falando em promiscuidade, é realmente assustador o art. 8o do projeto, pois ele proíbe o impedimento da afetividade e de sua expressão homossexual pública. Ou seja, você que é empregador e emprega gays, se você proibir estes de se beijarem no seu local de trabalho, corre o risco de ser taxado como homofóbico e pegar uma pena por isso, além de ter de pagar uma indenização trabalhista ao dito casal.

Na PEC ainda não se discute o casamento gay, mas, com todo o senso comum e moral modificado de forma tão forçada e com a deputada Maria do Rosário, defensora destes direitos distorcidos demandados pelos homoativistas, no comando da Secretaria de Direitos Humanos, que gerou o PNDH-3, é quase impossível que, neste ritmo, muito em breve não estaremos vendo as religiões sendo obrigadas a casarem homossexuais, invadindo e atentando contra a liberdade religiosa, ofendendo a livre crença e obrigando um novo culto, segundo às suas diretrizes..

Pessoalmente, não tenho nada contra a possibilidade de que gays tenham direitos tão iguais aos casais heterossexuais, no sentido sucessório e que suas uniões estáveis tenham as mesmas condições de uma comunhão parcial de bens, desde que não destituam, deturpem e desvalorizem uma instituição que é própria à vocação da pessoa humana e à família verdadeira, composta por homem e mulher.

Você que é homossexual não precisa se juntar aos homoativistas e fazer disso uma guerra. Apenas respeite a moral do jeito que ela é para também ser respeitado, como atualmente ocorre, e você estará evitando todo o constrangimento que é gerado por esta discussão.

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