Esta semana, veio à tona a circulação, aqui no Brasil, de uma campanha de publicidade da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos em que incitam o argumento de que Deus não existe, bastante parecida com a ocorrida na Europa. Nos cartazes, verdadeiros absurdos e violações à liberdade religiosa, com o argumento de defender o preconceito a ateus.
Primeiramente, que preconceito? Em que mundo os ateus são vítimas de qualquer hostilidade por parte de religiosos? Não me ocorre em mente nenhum ateu que tenha sido ultimamente espancado por razões religiosas ou por qualquer motivo. Ou seja, o argumento é uma desonestidade, uma demonstração de má-fé e de falta de caráter que finaliza ofender os religiosos e incitar o ateísmo.
O ateísmo como crença é permitido, mas como qualquer culto, é limitado e não tem sua liberdade "religiosa" garantida, no sentido de permitir ofender e incitar o desrespeito às religiões. Ademais, o Brasil é um Estado laico - que respeita a pluralidade, mas que não tem decidido uma religião, embora tenha em suas raízes um caráter cristão histórico - e não laicista - no sentido de barrar qualquer tipo de sentimento religioso, como pretendem os ateístas militantes totalitários.
Passemos a comentar a ignorância histórica, filosófica e moral presente nos cartazes:
2. "A fé não dá respostas. Só impede perguntas.": São Tomás de Aquino, São Boaventura, Santo Agostinho e dezenas de apologéticos adorariam responder esta por si. É típica de um ignorante que nunca tocou ou pesquisou uma religião ou a rica doutrina formadora da Igreja Católica. Que nunca estudou sobre a moral cristã na filosofia racional, que, por fim, nunca teve uma formação moral verdadeira porque baseou sua formação de consciência no seu próprio egoísmo. É um filho do relativismo, mas é, além do mais, um filho retardado! A Suma Teológica de São Tomás de Aquino possui 512 questões respondidas sobre a moral humana - todas completamente adequáveis aos dias de hoje e feitas para a moral humana - isso sem falar nas centenas de encíclicas papais já escritas desde a Rerum Novarum (1891). Ademais, foi a fé em um ser superior que permitiu que Platão e Aristóteles entendessem primariamente o espírito e a alma humana, que viria mais tarde, com a filosofia tomista, a ser aperfeiçoada, a fim de chegarmos à perfeição do conceito de dignidade da pessoa humana com Jacques Maritain, João Paulo II, Ètienne Gilson, entre outros.
3. "Somos todos ateus com os deuses dos outros.": Aqui o ignorante entra em total incoerência e confusão. Ele vai contra Deus, mas julga quem não acredita naqueles deuses. Ele expõe na foto a deusa Kali, do hinduísmo, o deus egípcio Hórus e Jesus Cristo. Realmente, Jesus Cristo não é Kali e nem Hórus, então porque a preocupação e o desrespeito por eu ter crença em um só Deus que não são aqueles? Aqui é onde a publicidade atéia tenta conquistar as massas com argumentos que sequer quem os criou consegue-os explicar por serem completamente incoerentes. Como disse, trata-se de um filho "retardado" e mal caráter do relativismo, pois utiliza da imagem e do apego que as pessoas tem pela imagem e pela sua mensagem negativa para simplesmente manipular uma opinião. Em uma sociedade em que o homem não é mais pensante (sapiens) mas espectador e apegado ao que vê (videns) e desapegado do que lê ou estuda - como afirma Giovanni Sartori em Homo videns - uma simples publicidade destas pode se tornar uma forma muito perigosa e eficaz de manipulação.
O ateísmo militante precisa ser combatido, as vozes religiosas não podem se calar em face de tamanha manipulação pública e ofensa ao nosso sagrado.
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