Desde o início dos tempos, o homem sofre com o "porquê", no sentido de questionar como foi criado, quais os elementos básicos de sua natureza, qual a razão de sua existência, etc. A escolástica havia superado muitas dessas perguntas, que foram parcialmente respondidas por Aristóteles e Platão, utilizando estes e inclusive respondendo e complementando muitos questionamentos dos quais os gregos não souberam responder. Porém, o método científico de análise teve o seu padrão modificado por um outro mais empírico, que é próprio à modernidade: o objetivismo.
O objetivismo tende a trabalhar com o "puramente racional". Ou seja, ele não acredita naquilo que não se pode ver (ou que não desejam ver). Um dos pais deste método empírico é Karl Popper, que pregava o método da exclusão de teorias se "observado" que a analisada é incorreta ou meramente invisível aos olhos humanos. E assim, aderiu-se ao pensamento racionalista, que se complementou com o relativismo do século XX, boicotando os métodos que tivessem qualquer relação com a tradição judaico-cristã. Visivelmente essa "nova ciência" preparou o solo para declarar descartada a existência de Deus e, sucessivamente, abandonar a escolástica, com a mesma justificativa militante de sempre, agora apenas apimentada pelo marxismo histórico.
Stephen Hawking, no livro "Uma breve história do tempo", descreve o que seria uma boa teoria, utilizando dos mesmos ingredientes de Popper: "ela deve descrever com precisão um grande número de observações que estão na base do modelo, que pode conter um pequeno número de elementos arbitrários, e deve elaborar predições definidas sobre os resultados de observações futuras". Hawking, no livro, não tira o mérito de cientistas cristãos como Santo Agostinho, muito pelo contrário, mas usa de sarcasmo e arrogância com relação àqueles que tem uma crença, como se o credo pessoal fosse uma razão social para a decadência da pessoa humana. Ora, enquanto o objetivismo faz a ciência regredir no tempo e reexplicar o ser humano através de novas teorias filosóficas, a escolástica já havia sintetizado sua ciência utilizando da mais pura prática, com o fim de provar toda a eficiência de sua técnica.
Por exemplo, quando falamos de livre-arbítrio, estamos falando da liberdade de maneira sui genesis, que possui conceitos diferentes para escolásticos e modernistas. Os modernistas defendem toda a liberdade de ação e comportamento para o ser humano, baseando o seu limite numa espécie de "estado de natureza" - conceituado por Locke - para elaborar sua moral, com um alicerce que pode ser tanto o direito natural quanto o relativismo dos sofismas. Já os escoláticos afirmam que todo o pecado e todo o vício diminuem a liberdade. Sendo assim, qualquer ação que vá contra a moral e os bons costumes tira a livre escolha daquela pessoa quando ela se depara novamente com a opção de "fazer o mal" ou "fazer o bem", o que é a mais pura verdade em vista da banalização moral que nossos comportamentos presentes provocam. Em outras palavras, exclui-se a escolástica, por resultado exclui-se a moral, e o mundo se torna "livre", mas sem liberdade de optar, pois para ele só existe uma opção: a movida pelas vontades humanas.
Não obstante à isenção da moral nas ciências do presente, todos os grandes físicos tinham um credo: Albert Einstein era judeu, Isaac Newton ariano (uma heresia que desconsidera a divindade de Jesus Cristo, mas que não nega a Deus) e Galileu Galilei era católico. Ademais, o verdadeiro autor da Teoria do Big Bang é o padre jesuíta Georges Leimatre, e a Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano é a instituição acadêmica que mais formou alunos vencedores de prêmios Nobel da história, sendo vinte e quatro alunos vencedores, divididos em Fisiologia, Medicina, Química, Física e Economia.
Não entrarei nas questões referentes ao conteúdo das teorias objetivistas, e nem irei tirar o mérito da ciência atéia neste aspecto. Porém, passados os anos, parte da ciência vêm praticando sem qualquer critério ético a pesquisa de células tronco com embriões humanos, a fertilização in vitro - que, ao final, trata esses como lixo - e até a tentativa de re-criação do ser humano, pela clonagem ou uma aberração híbrida. Assim, sem a moral ou isenta de um fim que não seja a si mesmo, a ciência é um mero instrumento da vontade, sem alicerce de consciência e nem padrões de comportamento. E, você? Gostaria de saber que um embrião vivo, fecundado de seu DNA, foi tornado uma cobaia de laboratório para experimentos?
Excelente artigo. Um tapa na cara para os que pregam o relativismo moral e o rebaixamento do pensamento produzido por religiosos. Parabéns!
ResponderExcluirGrande abraço
Arthur Dutra