sexta-feira, 15 de julho de 2011

O erro científico da modernidade

Desde o início dos tempos, o homem sofre com o "porquê", no sentido de questionar como foi criado, quais os elementos básicos de sua natureza, qual a razão de sua existência, etc. A escolástica havia superado muitas dessas perguntas, que foram parcialmente respondidas por Aristóteles e Platão, utilizando estes e inclusive respondendo e complementando muitos questionamentos dos quais os gregos não souberam responder. Porém, o método científico de análise teve o seu padrão modificado por um outro mais empírico, que é próprio à modernidade: o objetivismo.

O objetivismo tende a trabalhar com o "puramente racional". Ou seja, ele não acredita naquilo que não se pode ver (ou que não desejam ver). Um dos pais deste método empírico é Karl Popper, que pregava o método da exclusão de teorias se "observado" que a analisada é incorreta ou meramente invisível aos olhos humanos. E assim, aderiu-se ao pensamento racionalista, que se complementou com o relativismo do século XX, boicotando os métodos que tivessem qualquer relação com a tradição judaico-cristã. Visivelmente essa "nova ciência" preparou o solo para declarar descartada a existência de Deus e, sucessivamente, abandonar a escolástica, com a mesma justificativa militante de sempre, agora apenas apimentada pelo marxismo histórico.

Stephen Hawking, no livro "Uma breve história do tempo", descreve o que seria uma boa teoria, utilizando dos mesmos ingredientes de Popper: "ela deve descrever com precisão um grande número de observações que estão na base do modelo, que pode conter um pequeno número de elementos arbitrários, e deve elaborar predições definidas sobre os resultados de observações futuras". Hawking, no livro, não tira o mérito de cientistas cristãos como Santo Agostinho, muito pelo contrário, mas usa de sarcasmo e arrogância com relação àqueles que tem uma crença, como se o credo pessoal fosse uma razão social para a decadência da pessoa humana. Ora, enquanto o objetivismo faz a ciência regredir no tempo e reexplicar o ser humano através de novas teorias filosóficas, a escolástica já havia sintetizado sua ciência utilizando da mais pura prática, com o fim de provar toda a eficiência de sua técnica.

Por exemplo, quando falamos de livre-arbítrio, estamos falando da liberdade de maneira sui genesis, que possui conceitos diferentes para escolásticos e modernistas. Os modernistas defendem toda a liberdade de ação e comportamento para o ser humano, baseando o seu limite numa espécie de "estado de natureza" - conceituado por Locke - para elaborar sua moral, com um alicerce que pode ser tanto o direito natural quanto o relativismo dos sofismas. Já os escoláticos afirmam que todo o pecado e todo o vício diminuem a liberdade. Sendo assim, qualquer ação que vá contra a moral e os bons costumes tira a livre escolha daquela pessoa quando ela se depara novamente com a opção de "fazer o mal" ou "fazer o bem", o que é a mais pura verdade em vista da banalização moral que nossos comportamentos presentes provocam. Em outras palavras, exclui-se a escolástica, por resultado exclui-se a moral, e o mundo se torna "livre", mas sem liberdade de optar, pois para ele só existe uma opção: a movida pelas vontades humanas.

Não obstante à isenção da moral nas ciências do presente, todos os grandes físicos tinham um credo: Albert Einstein era judeu, Isaac Newton ariano (uma heresia que desconsidera a divindade de Jesus Cristo, mas que não nega a Deus) e Galileu Galilei era católico. Ademais, o verdadeiro autor da Teoria do Big Bang é o padre jesuíta Georges Leimatre, e a Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano é a instituição acadêmica que mais formou alunos vencedores de prêmios Nobel da história, sendo vinte e quatro alunos vencedores, divididos em Fisiologia, Medicina, Química, Física e Economia.

Não entrarei nas questões referentes ao conteúdo das teorias objetivistas, e nem irei tirar o mérito da ciência atéia neste aspecto. Porém, passados os anos, parte da ciência vêm praticando sem qualquer critério ético a pesquisa de células tronco com embriões humanos, a fertilização in vitro - que, ao final, trata esses como lixo - e até a tentativa de re-criação do ser humano, pela clonagem ou uma aberração híbrida. Assim, sem a moral ou isenta de um fim que não seja a si mesmo, a ciência é um mero instrumento da vontade, sem alicerce de consciência e nem padrões de comportamento. E, você? Gostaria de saber que um embrião vivo, fecundado de seu DNA, foi tornado uma cobaia de laboratório para experimentos?

Um comentário:

  1. Excelente artigo. Um tapa na cara para os que pregam o relativismo moral e o rebaixamento do pensamento produzido por religiosos. Parabéns!

    Grande abraço

    Arthur Dutra

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