sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Auschwitz ou Cuba? Os hospitais que Michael Moore não visitou em Havana.

As imagens do link a seguir são fortíssimas, tiradas de hospitais psiquiátricos e de pronto socorro de Cuba e mostram a verdadeira face do sistema de saúde cubano que é "modelo" para o mundo todo e se popularizou com o documentário do parcialmente vermelho Michael Moore, em seu documentário "Sicko"(2007). Claro que este tipo de coisa não foi mostrada no filme, por isso estamos mostrando aqui.


Agradeço ao Thomas Patrick O'Halloran, americano e membro assíduo do notório Tea Party, por me permitir o uso das imagens.

Obs.: Thomas (ou TPO, como normalmente é chamado) é um cientista da computação e é um homem da política que, ao mesmo tempo, denuncia os males à dignidade da pessoa humana. Devíamos seguir o exemplo americano do "ser cidadão" e não o brasileiro de "político é tudo igual". NÃO É. Isto é política: é procurar a verdade e ser sujeito do bem comum, dando esperança aos que não tem.

Hora de dar apoio ao embaixador italiano

Eu, pessoalmente, sou descendente de pessoas que lutaram ao lado de Garibaldi e Zambeccari, pela democracia e pela liberdade, durante a Revolução Farroupilha e me sinto envergonhado como brasileiro, mas indignado como gaúcho, com a extradição negada do assassino e terrorista Cesare Battisti.

É um insulto à diplomacia mundial e à nossa imagem como brasileiros e como gaúchos, uma vez que o ato, considerado ilegal pelo STF, originou-se da mão de um gaúcho chamado Tarso Genro, este que desonra nosso Estado abrigando terroristas inimigos de nações democráticas e entregando atletas inocentes a caudilhos.

Eu mesmo vivi na Itália durante três meses. É um país que vê o Brasil com bons olhos, que utiliza nossos produtos, que nos valoriza (até mais do que nós mesmos), que usa de nossa linda bandeira para sua população usar como camisetas ou bandanas. É uma imagem que vai ser destruída por aqueles que ligam mesmo é para a bandeira vermelha e de estrela amarela, e descartam todo o valor daquela verde, azul e amarelo que o mundo inteiro ama, principalmente os italianos.

Por isso, peço a todos que encaminhem seu sentimento de descontentamento ao embaixador italiano no Brasil, ministroconsiglieri.brasilia@esteri.it, seja você um gaúcho que está indignado com o tratamento dado aos nossos irmãos libertários, seja você um brasileiro que acha um absurdo o Brasil ser minimizado a um hotel de terroristas socialistas ou seja você simplesmente uma pessoa de bom senso que acredita que tratados, como os de extradição, uma vez assinados, são para serem cumpridos, não jogados no lixo por mera ideologia e companheirismo vermelho.

Seja você a mobilização. A bandeira brasileira agradece a preferência!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Afinal, qual é a solução para a corrupção?

Eis uma questão que divide a sociedade em sua resposta. Sabemos que a grande maioria considera a solução política como meramente ética. Ou seja, os problemas de corrupção, em suma, seriam originados de pequenos desvios de conduta, frutos da falta de formação de consciência da pessoa que a faria agir de forma delituosa e corrupta adentro a instituição política. Não está de toda errada a lógica, mas vamos analisar mais profundamente as outras duas alternativas que coloco, para certificar-nos de que estamos raciocinando no caminho correto.

Culturalmente, o brasileiro teria herdado uma cultura transgressora por natureza. Isso é tratado no livro Cultura das transgressões no Brasil - Lições da história, onde José Murilo de Carvalho culpa, carinhosamente, os cariocas por serem os precursores do chamado "jeitinho brasileiro". A transgressão cultural, por fim, se confunde com a ética, no sentido de que é também um desvio de conduta moral, um problema de consciência e reconhecimento de que passar os outros para trás é se passar para trás, é desunir sua comunidade, é procurar, ao fim, apenas o bem próprio, seja através da política ou do mero convívio social.

Porém, falta uma peça no quebra-cabeças da política que pode explicar inclusive a origem da cultura transgressora e da falta de ética, que é a própria instituição. Platão, em As Leis, afirmava que o legislador haveria de se preocupar, sobretudo, com o instinto da natureza humana, de forma com que a própria instituição política protegesse o que é de todos - neste caso a polis - do lado mais primitivo da pessoa, que é o seu prazer de possuir riqueza e poder. Isso excluiria, portanto, a transgressão cultural e a ética como os grandes causadores da corrupção, pois com elas a corrupção se tornaria um mero desvio moral voluntário e não uma fraqueza humana - e aqui partimos da premissa de que todas as pessoas são, por natureza, boas, porém fracas e limitadas.

Não podemos excluir, é claro, a questão ética e cultural, mas podemos pensar que as nossas instituições podem, não somente proteger o que é de todos daqueles que mais enfraquecidamente se entregam às falhas humanas, mas também dar o exemplo, como afirmava o libertador gaúcho Raul Pilla, no livro A Revolução Julgada, no seu discurso proferido na seção de 17 de agosto de 1965, na Câmara de Deputados: "Que se espera, pois, para atacar o mal em suas raízes profundas? Se a Revolução se fez contra a corrupção, - embora não só contra ela - porque não se faz a reforma que a extirpará? Bastará castigar os corruptos, mantendo as fontes da corrupção? (...) corruptos e corruptores são, até certo ponto, vítimas do sistema político de irresponsabilidade há três quartos de século instituído no País".

Pilla, um defensor do parlamentarismo em face do presidencialismo, justifica porque a escolha: "É o sistema da responsabilidade plena dos governantes, contra o da prática e total irresponsabilidade. É o sistema do governo sensível à influência da opinião pública, contra o do que, depois de eleito, a ela se subtrai completamente. É o sistema que, por seu próprio fundamento, educa politicamente os cidadãos, contra os que os reduz à atividade, mais ou menos consciente, de eleger senhores.". Estamos afogados, portanto, no argumento de que o problema seria verdadeiramente institucional, como vínhamos falando.

Nosso país teve suas instituições frutos de uma cópia da instituição americana - no seu auge econômico - porém não soube conciliar nem o princípio de subsidiariedade, em relação às autonomias dos estados-membros, e nem um sistema de governabilidade que valorizasse a representação popular em face do governo-pessoal, que é corolário ao presidencialismo centralizador brasileiro. As soluções atuais, como a lei do "Ficha Limpa", o voto em listas e o financiamento público de campanha não são soluções verdadeiras, uma vez que eles apenas "podam" as pontas do problema, sem atuar na raíz do vício, que é a instituição política.

Alivia-me apenas o fato de que soluções pequenas como estas já causam grande comoção popular para que se modifique o Estado e se elimine a corrupção, mesmo que com pouca fé na polis. Imaginem então a comoção que haveria se o povo soubesse de fato como resolver o problema, soubesse qual é o seu verdadeiro inimigo e soubesse como se pode mudar o país e fazê-lo uma escola de virtuosos e não de corrompidos. A solução, amigos, só depende de nós exercermos a cidadania de forma sujeita e ensinar o povo brasileiro a amar a sua bandeira, de forma a lutar por ela e por suas instituições que a formam e a refletem.


Fontes utilizadas:

  • PILLA, Raul. A Revolução Julgada - A Crise Institucional. Lima: Porto Alegre, 1969.
  • PLATÃO. As Leis. Edipro: Bauru, 1999.
  • CARDOSO, Fernando Henrique; MOREIRA, Marcílio Marques Moreira. Cultura das transgressões no Brasil: lições da história. Saraiva: São Paulo, 2008.