Neste fim de semana participei de um retiro de formação católica, no qual o tema era "Introdução à Liturgia". O palestrante deu ênfase na missa católica rezada e praticada da melhor forma possível, a fim de se atingir um maior senso litúrgico, ou seja, uma fé acima até mesmo das normas eclesiásticas, mas nada abaixo do que um Deus realmente merece de nós. De fato, o palestrante deu um exemplo para o cotidiano de hoje, em que até a Igreja tem dificuldades de chamar os jovens e, para isso, acaba criando instrumentos de evangelização que, apesar de adentrar a cultura, acabam por serem muito temporários, por não desafiarem o jovem em toda a sua pessoa.
Para o jovem, isso acaba não bastando. Um exemplo foi dado: "não é à toa que tantos jovens adentram partidos marxistas, como o PT, ou nazistas, uma vez que o desafio do primeiro, acaba por chamá-lo, não somente para mudar completamente a realidade, mas também para fazer história, e o segundo, para derrubar o primeiro". Não há dúvidas da minha pessoa em relação a esta afirmação, uma vez que os jovens realmente procuram um desafio maior e tem forças para tal, mas que o desafio maior acaba sendo apresentado por radicais políticos que, aliados à imaturidade, acabam por transformar nossos jovens em maquinas de guerra.
As últimas mobilizações jovens demonstram isso, não somente no mundo árabe, mas também no Brasil. Em São Paulo, um garoto, via seu celular, acessou o Twitter e convocou seus colegas a protestar contra o aumento de R$ 0,30 no pão de queijo da cantina de sua escola. O protesto acabou por ser um sucesso, elogiado inclusive pelo dono da cantina da escola, que reconheceu que o jovem realmente cansou de sentar na frente da televisão ou do video-game e que agora quer buscar o que a sua geração não procurou buscar: o bem comum.
Porém, o bem comum pode ser apresentado ao jovem de várias formas, e a tendência é que seja apresentado agora de formas coletivistas, ou seja, que procuram um alinhamento material total ou parcial entre o coletivo, como deseja o PT. Seduzido por fazer história e por fazer o bem, o jovem pode ser um ser além do útil: pode ser eficaz e energético nas suas mudanças. Instrumentos ele tem para isso, através da internet.
O problema é que as gerações de hoje não conhecem os frutos ruins do radicalismo e não o fazem porque não são corretamente ensinadas. Entre o nazismo e o facismo da Segunda Guerra Mundial ou o comunismo da União Soviética e da China de Mao Tse Tung não há grandes diferenças, são todos radicais, totalitários e genocídas. Para a família, não basta esperar que a solução venha da escola, provavelmente ela não virá, pois a disciplina de história hoje é reproduzida com selos vermelhos e estrelas amarelas, o que representa uma fidelidade menor à história verdadeira e maior à revolução social através da "realidade" histórica, que não passa de outra esquizofrenia do pensamento marxista, que é um sério candidato a próxima posição política de seu filho.
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